Portal da Educação | https://educacao.jundiai.sp.gov.br

Princípios Educativos

Concepção de infância

A infância se caracteriza por intensos processos que envolvem fatores cognitivos, físicos, sociais, afetivos, culturais e linguísticos. Essa fase da vida não pode ser vista como estanque, mas como processo que produz marcas constitutivas da subjetividade, instituindo modos de ser, de estar e de agir no mundo, instrumentalizando os sujeitos para lidar com seu próprio processo de desenvolvimento, considerando questões identitárias e de pertencimento, que envolvem a resolução de demandas complexas da vida cotidiana. (Currículo Jundiaiense Educação Infantil, 2019, p.03)

Concepção de criança

“A criança, produto e produtora de cultura, sujeito histórico, potente, de direitos e protagonista no processo educativo, aprende e se desenvolve por meio das interações e das brincadeiras vivenciadas e experimentadas no ambiente em que está inserida. (Currículo Jundiaiense da Educação Infantil, 2019, p.3)”

As cem linguagens

As cem linguagens é um termo utilizado por Loris Malaguzzi, na tentativa, de exemplificar a complexidade das crianças, na medida em que elas estão imersas em um universo de descoberta, de espanto, de curiosidade, de fantasia, enfim, de relações e experiências com a vida.

A escuta

Escutar é estar atento aos outros e ao que eles têm a nos dizer, de forma sensível, se conectar à eles. É considerar os sujeitos que estão ao nosso redor como aqueles que contribuem para a investigação partilhada de cada um, por meio da valorização de suas experiências. A escuta demanda tempo, um tempo cheio de silêncios e pausas. Escutar como metáfora para a abertura e a sensibilidade de ouvir e ser ouvido, com todos os sentidos. (Rinaldi, 2014).

A prática democrática

A prática democrática está vinculada ao compromisso político, a participação dos cidadãos e a tomada de decisão coletiva que pode possibilitar uma comunidade a ter responsabilidade sobre suas crianças e sua educação, responsabilidade não só pelo atendimento da oferta, mas também da qualidade.

Pesquisa

A pesquisa é o valor que orienta os processos de conhecimento e, consequentemente, de formação. A pesquisa participada entre adultos e crianças é prioritariamente uma práxis do cotidiano, um comportamento existencial e ético necessário para interpretar a complexidade do mundo, dos fenômenos, dos sistemas de convivência e é um potente instrumento de renovação da educação.

Documentação

A documentação pedagógica “é um processo que torna o trabalho pedagógico visível e passível de interpretação, diálogo, confronto e compreensão.” (RINALDI, 2012, p. 45). Nesse processo de documentar evidencia-se a ética do encontro, as possibilidades da escuta, do diálogo e da reflexão.

Projetação

A projetação é uma estratégia de ação e pensamento que rompe com a ideia de programação e, por consequência, de soluções definitivas e de aprendizagem com atividades individuais, frutos de uma didática fechada, atrelada ao modelo tradicional de formação de educadores e de organização da ação pedagógica. (BORGES, 2018)

A investigação

A investigação representa uma das dimensões de vida essenciais das crianças e dos adultos, uma tensão cognitiva que é reconhecida e valorizada. O princípio investigativo utilizado nas propostas para as crianças e pelo professor favorecem o protagonismo infantil, bem como a expressão subjetiva da criança, a pesquisa e a criatividade.

Política pública de continuidade

A criação do CIEMPI se dá para solidificar um patrimônio da cidade de Jundiaí levando em consideração a sua história desde o início do surgimento da fábrica de tecidos “Argos” que potencializou o crescimento da cidade e de sua população, transitando como espaço educacional, onde educadores trabalharam e crianças estudaram e que se cristaliza em um centro de memória com a missão de perpetuar a história da cidade, bem como as suas transformações nos aspectos educacionais, configurando-se como política pública de continuidade. Desta forma, são objetivos:

I – Defender a infância e a escola como indispensáveis à constituição da sociedade, concebendo- as como um projeto coletivo;

II – Difundir e potencializar o conceito de Cidade das Crianças

III – Potencializar a Educação Infantil para romper com as práticas “escolarizantes” que não valorizam o protagonismo das crianças;

IV – Assegurar a continuidade do trabalho realizado na transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, em especial, do brincar, considerando as especificidades de cada segmento;

V – Promover a participação dos envolvidos nas políticas da infância: crianças, famílias, profissionais, estudantes, pesquisadores e governantes,

VI – Promover a ruptura de paradigmas e escolher novos caminhos – da sociedade excludente – que nomeia, classifica, categoriza e normatiza – para uma sociedade inclusiva e acessível.